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Viagem ao centro da Terra - Júlio Verne

É um clássico da ficção científica, uma viagem ao mundo subterrâneo repleto de criaturas mesozóicas e outras raridades.

viagem ao centro da terraOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Viagem ao centro da Terra (1864) é um clássico da ficção científica de autoria de Júlio Verne, também autor de A volta ao mundo em oitenta dias e Vinte mil léguas submarinas.

Uma breve História do Mundo - Geoffrey Blainey

Um balanço da fantástica saga da humanidade, magistralmente compilada desde seus primórdios até os frenéticos dias em que vivemos.

UMA BREVE HISTORIA DO MUNDO_ MEGA ALEXANDRIAA short History of the World (no Brasil: Uma breve História do Mundo) é um livro escrito pelo professor Geoffrey Blainey. O livro trata da história do mundo e seus principais feitos desde o surgimento do homo sapiens no continente africano até os dias atuais. Ao decorrer da história, o autor descreve a geografia, a civilização, o legado dos povos e suas consequências futuras.
O livro tornou-se um Bestseller Internacional, na Inglaterra e nos Estados Unidos da América, e hoje é vendido no Brasil através da Editora Fundamento.

A Comédia dos Erros - Shakespeare

Considerada pelos pesquisadores como a primeira peça de Shakespeare, com sua estréia nos palcos tendo ocorrido provavelmente em 1594.

Fac-símile da primeira página de The Comedy of Errors do First Folio, publicado em 1623.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Comédia dos Erros é uma peça teatral de gênero cômico escrita por William Shakespeare. O seu título original em inglês é "The Comedy of Errors". Como muitas obras de Shakespeare que têm origens em textos clássicos, esta não foge à regra e é construída a partir de Os Menecmos ou Os Gêmeos, do comediógrafo romano Plauto.

Dom Quixote de La Mancha - Miguel de Cervantes

Obra magna da literatura, considerada a última novela de cavalaria e por muitos o primeiro romance moderno.

donquixoteOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano é um livro escrito pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615.

Direito à Preguiça - Paul Lafargue

Considerada uma sátira política magistral, uma obra-prima de crítica ao regime capitalista e um clássico da literatura francesa.

O Direito à Preguica é um panfleto político escrito por Paul Lafargue que polemiza com as visões liberais, conservadores e até marxistas do trabalho.

À época, em Paris, a jornada de trabalho superavam as 12 horas diárias (por vezes estendendo-se até à 17 horas). Tal coisa ocorria pois seguia-se a doutrina que dizia que o trabalho era algo dignificante e benéfico.

Manifesto do Partido Comunista - Marx e Engels

Considerado como um dos principais textos políticos do mundo moderno e contemporâneo, é sem sombra de dúvida um dos livros mais traduzidos, lidos e debatidos em todo o mundo.

manifesto comunistaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Manifesto Comunista, originalmente denominado Manifesto do Partido Comunista (em alemão: Manifest der Kommunistischen Partei), publicado pela primeira vez em 21 de Fevereiro de 1848, é históricamente um dos tratados políticos de maior influência mundial. Comissionado pela Liga Comunista e escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico Karl Marx e Friedrich Engels, expressa o programa e propósitos da Liga.

Elogio da Loucura - Erasmo de Roterdã

Uma das mais célebres obras filosóficas do Renascimento e das mais divertidas de todos os tempos, uma vez que seu autor resolveu escrevê-la de modo francamente satírico.

elogio da loucuraOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Elogio da Loucura, (em grego Morias Engomion (Μωρίας Εγκώμιον), latim Stultitiae Laus) é um ensaio escrito em 1509 por Erasmo de Roterdã e publicado em 1511. O Elogio da Loucura é considerado um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.
O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos.

Os Trabalhadores do Mar - Victor Hugo

Escrito em 1886, é considerado por muitos críticos e leitores como a sua verdadeira obra-prima. É uma obra imortal!

O polvo (aquarela de Victor Hugo) (1866)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os Trabalhadores do Mar é a tradução portuguesa de Les Travailleurs de la mer, um romance de Victor Hugo, escritor francês, publicado em 1866. O livro é dedicado à Ilha de Guernsey, onde Hugo viveu 15 anos em exílio auto-infligido. A dedicatória diz:

Dedico este livro ao rochedo de hospitalidade e de liberdade, a este canto da velha terra normanda onde vive o nobre e pequeno povo do mar, à ilha de Guernesey (ou Guernsey), severa e branda, meu atual asilo, meu provável túmulo.

Fausto - Goethe

É certamente uma das obras mais influentes da literatura mundial. Seu protagonista foi considerado a representação paradigmática do sujeito moderno.

Fausto, água-forte de Rembrandt.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demônio, baseada no médico, mágico e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust (1480-1540). O nome Fausto tem sido usado como base de diversos romances de ficção, o mais famoso deles do autor Goethe, produzido em duas partes, tendo sido escrito e reescrito ao longo de quase sessenta anos. A primeira parte - mais famosa - foi publicada em 1806 e a segunda, em 1832 - às vésperas da morte do autor.
Considerado símbolo cultural da modernidade, Fausto é um poema de proporções épicas que relata a tragédia do Dr. Fausto, homem das ciências que, desiludido com o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio Mefistófeles, que o enche com a energia satânica insufladora da paixão pela técnica e pelo progresso.

A volta ao mundo em oitenta dias - Júlio Verne

É a sua obra de plenitude literária, vinda a público em 1873.

Verne-cesta80Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A volta ao mundo em oitenta dias (no original, Le tour du monde en quatre-vingts jours) é um livro do escritor francês Júlio Verne, lançado em 1873.
O livro conta a história de um inglês, Phileas Fogg, que tinha uma vida regrada e solitária, mas com muito dinheiro e, devido a uma aposta com seus amigos de jogo, resolve dar a volta ao mundo em 80 dias, acompanhado apenas de seu fiel empregado. Nessa viagem, viverá diversas aventuras e conhecerá vários lugares do mundo. Esta história já foi traduzida para diversas línguas e por causa dela, muitos ingleses já deram a volta ao mundo.
Embora muitos dos livros lançados tragam em suas capas a foto de um balão, não há momento algum na história em que os personagens se utilizem dele. Em certa ocasião, Phileas Fogg cogita o uso de um balão, mas a idéia fica só na imaginação.

Os Irmãos Karamazov - Dostoiévski

É considerado por Freud como o maior romance universal. Obra-prima de um dos maiores escritores russos.

wolfgang-paalen_brotherskaramazov_lgOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os Irmãos Karamazov (em russo Братья Карамазовы, Brátia Karamázavi, AFI ['bratʲjə karə'mazəvɨ]), romance de Fiódor Dostoiévski, escrito em 1879, é uma das mais importantes obras das literaturas russas e mundiais, ou, conforme afirmou Freud[1]: "a maior obra da história". Freud considera esse romance, juntamente com Édipo Rei e Hamlet, três importantes livros a respeito do embate pai e filho, e retratam o complexo de Édipo.

Cândido, ou O Otimismo - Voltaire

É considerado o seu melhor "conto filosófico" e uma das melhores novelas da história da literatura.

candide-tmOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cândido, ou O Otimismo, ("Candide, ou l'Optimisme") (1759) é uma comédia romântica de autoria do filósofo iluminista Voltaire. Voltaire jamais admitiu abertamente ter escrito o controverso Cândido; o trabalho foi assinado por um pseudônimo: "Monsieur le docteur Ralph", literalmente, "Senhor Doutor Ralph".
O texto contrapõe brilhantemente ingenuidade e esperteza, desprendimento e ganância, caridade e egoísmo, delicadeza e violência, amor e ódio. Tendo como plano de fundo a sociedade do Séc. XVIII, retrata um mundo extremamente cruel e materialista.

Zadig, ou O Destino - Voltaire

Depois de Cândido, é considerada uma das suas mais célebres obras, marcando o início do seu período sarcástico.


zadigOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Zadig, ou La Destinée (Zadig, ou O Destino) (1747) é uma famosa novela escrita pelo filósofo iluminista Voltaire. Ela conta a história de Zadig, um filosófo da antiga Babilônia. O autor não se atenta a qualquer rigor histórico, mas a alguns problemas disfarçados sob a história de Zadig, que servem como referências a determinados problemas sociais e políticos do próprio tempo de Voltaire.
O livro é de natureza filosófica, e apresenta a vida humana como se estivesse nas mãos de um destino fora do controle humano. É uma história de ortodoxia religiosa e metafísica, ambas das quais Voltaire desafiou com sua apresentação da revolução moral em curso do próprio Zadig. A hábil utilização de dispositivos de contradição e justaposição são mostradas na forma desse texto em prosa. Depois de Cândido, é considerada uma das suas mais célebres obras.


Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

Um dos livros mais conhecidos de Agatha Christie. Um clássico do romance policial.

tunel-en-La-Fregeneda-w1Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Murder on the Orient Express (Assassinato no Expresso do Oriente, Brasil ou o Um Crime no Expresso do Oriente, Portugal) é um romance policial de Agatha Christie, publicado em 1934, protagonizado pelo detetive belga Hercule Poirot

Sinopse

Regressando de um importante caso na Síria, Hercule Poirot embarca no Expresso do Oriente em Istambul. O comboio está estranhamente cheio para aquela altura do ano, mas Poirot fica com um lugar assegurado pelo amigo Monsieur Bouc, director da Compagnie Internationale des Wagons-Lits, embora esse amigo não soubesse que o comboio se encontrava sem lugar para Poirot. Mas quando Mr. Harris não aparece, Poirot fica no seu lugar, para supresa do seu colega de quarto, Mr. MacQueen. Contudo, na segunda noite, Poirot consegue um quarto só para si.

Confissões - Santo Agostinho

É um livro autobiográfico, no qual relata a sua vida antes de se tornar cristão e sua conversão. Comentando sua própria obra, Agostinho diz que a palavra confissões, mais que confessar pecados, significa adorar a Deus. É, portanto, um hino de louvor.

astaugustine01boticcelliorigem: paxprofundis

por Rodolfo Domenico Pizzinga
Doutor em Filosofia, Universidade Gama Filho, 1988, RJ

Primeira Parte: Desatinos de outrora, conversão e batismo.

Livro I: A Infância


Os cinco primeiros capítulos da obra em análise constituem-se de uma verdadeira oração panegirical e de uma seqüência de apelos a Deus. Quando Santo Agostinho afirma que os que o buscam, encontrá-Lo-ão, sustenta essa convicção na fé que lhe foi comunicada e inspirada (e a todos os homens de fé) pela presença e pelo ministério de Jesus na Terra. Para Santo Agostinho, tudo o que existe tem que existir – e existe! – pela vontade de Deus, estando todas as coisas Nele contidas, e Ele presente em todas as manifestações da Natureza. O homem, como suprema concepção de Deus, O contém e Nele está contido. Entretanto, apesar de Deus estar em toda a parte (ubiqüidade), nenhuma coisa O contém totalmente. Talvez um símbolo para se meditar neste momento seja o de um círculo com um ponto em seu centro. O círculo representando Deus Infinito, na verdade in Corde; o ponto, o homem particulazinha da criação, segundo Santo Agostinho.

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

Único romance escrito pelo autor, considerado um clássico moderno, uma das maiores obras literárias da humanidade.

Dorian Gray e o RetratoOrigem: anica

Por Anica

Único romance de Oscar Wilde, já reconhecido como clássico, O Retrato de Dorian Gray desde o início revela a marca fundamental do autor: seu sarcasmo. Esse tom é fácil de ser percebido em suas diversas frases paradoxais, outras de humor cáustico, em sua grande maioria proferidas pelo personagem Lorde Henry Wotton.

Romeu e Julieta - William Shakespeare

É a tragédia mais popular de William Shakespeare, além de representar como nenhuma outra da língua inglesa, o amor e a morte, estebeleceu-se em definitivo como o arquétipo do amor juvenil.

Pintura a óleo de 1870 por Ford Madox Brown retratando a famosa cena do terraço de Romeu e Julieta.Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Romeu e Julieta (no original em inglês, Romeo and Juliet) é uma tragédia escrita nos primórdios da carreira literária de William Shakespeare (entre 1591 e 1595) sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra. A peça ficou entre as mais populares na época de Shakespeare e, ao lado de Hamlet, é uma das suas obras mais levadas aos palcos do mundo inteiro. Hoje, o relacionamento dos dois jovens é considerado como o arquétipo do amor juvenil.
Romeu e Julieta pertence a uma tradição de romances trágicos que remonta à antiguidade. Seu enredo é baseado em um conto da Itália, traduzido em versos como A Trágica História de Romeu e Julieta por Arthur Brooke em 1562, e retomado em prosa como Palácio do Prazer por William Painter em 1582. Shakespeare baseou-se em ambos, mas reforçou a ação de personagens secundários, especialmente Mercúcio e Páris, a fim de expandir o enredo. O texto foi publicado pela primeira vez em um quarto[a] de 1597 mas essa versão foi considerada como de péssima qualidade, o que estimulou muitas outras edições posteriores que trouxeram consonância com o texto original de Shakespeare.

Anna Karenina - Tolstói

Uma das melhores obras de Tolstói, o romance Ana Karenina narra a história do amor difícil e controvertido vivido pela protagonista Ana na Rússia czarista.

anna-kareninaAnna Karenina (Анна Каренина), ou Ana Karênina, em algumas traduções (Anna Karienina, na transliteração direta para o alfabeto latino) é um romance do escritor russo Leon Tolstói, publicado entre 1873 e 1877. É uma das obras primas do autor, ao lado de Guerra e Paz.
Este romance tem um dos inícios mais conhecidos da literatura mundial: "Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira".

Sinopse

A trama gira em torno do caso extra-conjugal da personagem que dá título à obra, uma aristocrata da Rússia Czarista que, a despeito de parecer ter tudo (beleza, riqueza, popularidade e um filho amado), sente-se vazia até encontrar o impetuoso oficial Conde Vronski.

Madame Bovary - Gustave Flaubert

Madame Bovary, resultado de cinco anos de trabalho, é uma dura depreciação dos valores burgueses.

Emma-bovaryMadame Bovary é um romance escrito por Gustave Flaubert que resultou num escândalo ao ser publicado em 1857. Quando o livro foi lançado, houve na França um grande interesse pelo romance, pois levou seu autor a julgamento. Ele foi levado aos tribunais, onde utilizou a famosa frase "Emma Bovary c'est moi" (Emma Bovary sou eu) para se defender das acusações. Acusado de ofensa à moral e à religião, num processo contra o autor e também contra Laurent Pichat, diretor da revista Revue de Paris, em que a história foi publicada pela primeira vez, em episódios e com alguns pequenos cortes. A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolveu Flaubert, mas o mesmo procedimento não foi adotado pelos críticos puritanos da época, que não perdoaram o autor pelo tratamento cru que ele tinha dado, no romance, ao tema do adultério, pela crítica ao clero e à burguesia: (Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração - tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens.)[1]
É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista.


O Contrato Social - Jean-Jacques Rosseau

É considerada a Bíblia da Revolução francesa.

rousseau+alegoriaDo contrato social pode ser considerada a obra prima do suíço Jean-Jacques Rousseau: parte de um obra mais extensa, as Instituições Políticas, que, por não ter sido completada, teve suas partes menos importantes destruídas pelo autor. Trecho "mais considerável" e "menos indigno de ser oferecido ao público" (segundo Rousseau, na "Advertência" de "Do contrato social".
Nesta obra, Rousseau expõe a sua noção de Contrato Social, que difere muito das de Hobbes e Locke: para Rousseau, o homem é naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela "degeneração" do mesmo. O Contrato Social para Rousseau é um acordo entre indivíduos para se criar uma Sociedade, e só então um Estado, isto é, o Contrato é um Pacto de associação, não de submissão.




A obra

No primeiro livro da obra, Jean-Jacques Rousseau passa em exame as principais questões da vida política. Sua principal preocupação já se expõe na primeira frase do primeiro capítulo deste livro: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado. Nesse sentido, Rousseau começa Do contrato social questionando o motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que todos nascem homens e livres.
A ordem social seria, para Rousseau, um direito sagrado fundado em convenções, portanto, não-natural. O objeto de estudo deste livro é, em geral, quais seriam estas convenções. A primeira forma de sociedade, portanto o que mais se aproxima de uma sociedade "natural", seria a família. Por ser o que mais se aproxima de uma forma natural de sociedade, a família serve como primeiro modelo de sociedade política: o pai representado pelo chefe, os filhos pelo povo. Mas o direito do pai sobre o filho cessa assim que este atinge a idade da razão e torna-se senhor de si. A distinção entre sociedade familiar/sociedade política se dá, principalmente, no fato de o pai se ligar ao filho por amor, e o chefe por prazer em mandar.
À questão do direito do mais forte, Rousseau responde que: ceder à força constitui ato de necessidade, não de vontade; quando muito, ato de prudência. Em que sentido poderá representar um dever?, ou seja, a força difere do direito porque pode se impor, mas não obrigar. Assim, para Rousseau, Força é diferente de Direito - o último é um conceito moral, fundado na razão, enquanto a força é um fato. Por isso não há direito (nem Contrato) na submissão de um homem pela força. Nenhum homem aliena sua liberdade gratuitamente a um outro - tampouco um povo a um indivíduo. A Escravidão não tem sentido para Rousseau, porque para o autor, o homem depende da liberdade: a liberdade é condição necessária da condição humana. Por isso, ele afirma que renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres. Não há recompensa possível para quem a tudo renuncia. Ao falar de como é sempre preciso remontar a uma convenção anterior (Cap. V), Rousseau conclui que a submissão de um povo a um rei só pode vir depois da constituição do próprio povo, ou seja, antes de um contrato de submissão, é necessário um contrato de associação, visto que, em estado de natureza, os homens não estão associados. A constituição do Povo, ou a associação das vontades individuais depende do Pacto Social.