Biografia de Goethe

É considerado como a maior personalidade da literatura alemã, seu maior poeta, grande também como dramaturgo, romancista e ensaísta.

Goethe_(Stieler_1828)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de 1749 — Weimar, 22 de Março de 1832) foi um escritor alemão, pensador e também incursionou pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã[1] e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang.
Vida

Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main, Alemanha. Era o filho mais velho de Johann Kaspar Goethe, advogado de poder econômico e posição social de relevo, homem culto e amante das artes, Conselheiro da Corte de Frederico II, e de Katharina Elisabeth Textor, vinte anos mais nova que o marido.
Sua educação, inicialmente, foi ministrada pelo próprio pai e, depois, por tutores contratados. Em 1765, Goethe inicia seus estudos em Direito na Universidade de Leipzig, lugar onde também desenvolve o interesse pelo desenho e pintura. Em Leipzig, Goethe entrega-se aos excessos da vida boêmia.
Em 1768, retorna para Frankfurt a fim de recuperar a saúde debilitada. Enquanto se recupera, dedica-se a leituras, experiências com alquimia e astrologia. Recuperado, seus pais o enviam a Estrasburgo, Alsácia, a fim de continuar os estudos em Direito.
Em 1770, já formado, Goethe entra em contato com o movimento literário Sturm und Drang e torna-se amigo de Johann Gottfried Herder. Sua peça Götz von Berlichingen, de 1773 torna-se um dos expoentes do movimento literário. Por força do trabalho de advocacia, passa quatro meses, em 1772, em Wetzlar, sede da corte de justiça imperial. É em Wetzlar que se apaixona por Charlotte Buff, noiva de um colega, o que quase o leva ao suicídio e que mais tarde inspiraria o romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, de 1774.

Goethe em Weimar

Em 1775, Carlos Augusto herda o governo de Saxe-Weimar-Eiisenach e convida Goethe a visitar Weimar, capital do ducado. Disposto a desfrutar os prazeres da corte, Goethe aceita o convite a acaba por mudar-se para Weimar. Em pouco tempo a população o acusa de desencaminhar o príncipe, que por sua vez reage e faz Goethe comprometer-se com setores do governo. Goethe passa então, como ministro, a exercer alguns serviços administrativos, como inspecionar minas e irrigação do solo, entre outros.
Em 1780, juntamente com Herder, torna-se membro de uma sociedade secreta, os Illuminati (conhecida como Maçonaria Iluminada, extinta pelo governo da Baviera em 1787), que alcança grande prestígio entre as elites européias.
Em 1786, Goethe realiza a famosa viagem à Itália, onde fica até 1788. Conhece Verona, Veneza, Lago di Garda, Roma, Nápoles e Sicília. Ainda na Itália, escreve a peça Ifigênia em Taúrides e os famosos poemas reunidos sob o título de Elegias Romanas.
De volta a Weimar, trava amizade com frau Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer.
Em 1794, inicia amizade com Friedrich von Schiller, que passa também a residir em Weimar. Essa amizade entre os dois grandes escritores é celebrada como um dos maiores momentos da literatura alemã. A contribuição entre ambos é intensa e estimulante. É Schiller quem insiste que Goethe continue a escrever sua peça Fausto (cuja primeira parte fora publicada em 1790). Goethe, por sua vez, contribui com vários textos ao periódico Die Horen, editado por Schiller, e escrevem algumas obras em conjunto.
Em 1805, interfere para que Hegel seja nomeado professor na Universidade de Berlim. Ainda em 1805, a morte de seu grande amigo Schiller o abala profundamente.
Em 1806, Weimar é invadida pelos franceses e Goethe casa-se com Christiane Vulpius. Em 1808, Napoleão condecora Goethe, no Congresso de Erfurt, com a grande cruz da Legião da Honra. De acordo com sua correspondência, sobretudo os registros Eckermann, seu amigo, Goethe ficou bastante aturdido com a Revolução Francesa. Prova disso, é a segunda parte de Fausto, publicada postumamente, conforme carta ao amigo, ao qual dizia para só se abrir o pacote após sua morte, num profundo lamento, prevendo que sua literatura seria deixada no esquecimento.
Nesse período Goethe, incursiona pela ciência e publica algumas obras a esse respeito. A Teoria das Cores é publicada em 1810.
Em 1816, sua esposa Christiane morre. Nesse ano e no seguinte publica Viagem à Itália, diário e reflexões de sua viagem, em duas partes, respectivamente.
Em 1823, Jean-Pierre Eckerman torna-se secretário de Goethe e o ajuda na revisão e publicação de escritos até sua morte. As Conversações com Eckerman são fruto dessa relação.
Goethe falece em Weimar, em março de 1832, aos 82 anos. Suas últimas palavras antes de morrer foram: "Deixem entrar a luz".

Curiosidades

O “método” goetheano de análise fenomenológica não se restringia à botânica, mas também abrange a teoria do conhecimento e a das cores. No início do século XX, o filósofo austro-húngaro Rudolf Steiner fundou a Ciência Espiritual, ou Antroposofia, inspirado no método de observação dos fenômenos desenvolvido por Goethe (no qual a parte subjetiva do observador é também considerada).

Referências

1. ↑ UOL Biografia: Goethe

Veja também: Biografia romanceada - Goethe

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